Somando-se à luta dos movimentos sociais, o SindJustiça Ceará convida a todos os servidores e demais parceiros a participarem do ato em defesa do julgamento imediato do crime contra Zé Maria do Tomé. A mobilização ocorre em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua, a partir das 9h, no dia 15 de abril (segunda-feira). 

A diretoria do sindicato estará presente no ato, juntamente com diversos movimentos e instituições, como o Movimento 21 de abril, Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, MST, Acampamento Zé Maria do Tomé, CSP Conlutas e muito mais. 

Zé Maria do Tomé foi um ambientalista, líder comunitário e ativista cearense, que lutou pelo direito à vida na Chapada do Apodi, denunciando a pulverização aérea de agrotóxicos e concentração de terras na região. 

O ativista foi brutalmente assassinado em 21 de abril de 2010, com vinte tiros à queima-roupa, próximo à sua casa, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte, em função de suas denúncias, sobretudo, em relação à contaminação das águas por agrotóxicos na Chapada do Apodi e a grilagem de terras de áreas públicas do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi.

De acordo com Reginaldo Ferreira, ativista ambiental e social do Movimento 21, o ato visa cobrar o andamento do processo de julgamento do crime. “Desde 2010 o processo está parado. Vamos nos reunir em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua para reivindicar que haja o julgamento desse crime cruel”, explica o ativista.

A manifestação faz parte da XIII Semana Zé Maria do Tomé, que é realizada de 13 a 20 de abril, com o tema “Território livre: luta pela terra, agroecologia e justiça social no Vale do Jaguaribe”. O evento tem como objetivo reafirmar as lutas socioambientais do Vale do Jaguaribe e rememorar o legado de Zé Maria do Tomé.