AGE DELIBERA INTENSIFICAR MOBILIZAÇÃO EM TORNO DE PLEITOS DA CAMPANHA SALARIAL

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Apesar da forte chuva que tomou Fortaleza, os servidores do judiciário estadual, em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), realizada na manhã desta quinta-feira (30), deliberaram intensificar as mobilizações em torno das pautas da Campanha Salarial e aprovaram, por unanimidade, a participação na Greve Geral, que acontecerá no dia 14 de junho.

Estiveram presentes, prestando solidariedade aos servidores do judiciário estadual, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (SINTRO), Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual do Estado do Ceará (SINTETI), Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado do Ceará (SINSEMPECE), Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (SINTAJ-BA), Federação Nacional dos Servidores dos Judiciários nos Estados (FENAJUD), CUT e CSP-CONLUTAS.

 

Campanha Salarial

Logo no início da AGE, Roberto Eudes, Coordenador Geral do SindJustiça Ceará, apresentou o conjunto de pleitos que compõem a Campanha Salarial da categoria, quais sejam: reposição salarial, reforma do PCCR, auxílio-saúde, aprovação de emendas à Mensagem de Lei que cria a Sejud Única, revisão das metas/indicadores da GAM Unidades, melhores condições de trabalho, contra o desvio de função e o assédio moral.

Ao tratar das reivindicações, o dirigente sindical apresentou o panorama de negociações com a administração do Tribunal de Justiça, qual seja, de travamento da pauta e falta de efetividade no diálogo junto ao TJCE.

De acordo com o coordenador do sindicato, o Tribunal não dá qualquer sinalização positiva quanto a implantação dos pleitos dos servidores. A Comissão de Diálogo Permanente, por sua vez, é pouco efetiva e tampouco apresenta soluções para as demandas que são apresentadas pelo sindicato.

Logo após expor o andamento das negociações, os diretores do SindJustiça solicitaram que todos os presentes entrassem no Tribunal de Justiça e, todos juntos, fossem até a porta da Presidência do TJCE, com o objetivo de solicitar uma reunião para retomar as negociações.

Atendendo ao chamado, os servidores dirigiram-se até a sala da Presidência e foram informados que o Presidente do Tribunal havia saído do recinto há pouco tempo. Recebidos pelo chefe de gabinete, os servidores cobraram o agendamento de uma reunião com a administração e, após contato com a assessoria da administração, ficou acertado que o SindJustiça se reunirá na próxima terça-feira (04) com a Comissão de Diálogo Permanente.

Próximos passos

Espera-se que a próxima reunião seja marcada por medidas efetivas, por parte do Tribunal de Justiça, e que sejam dadas respostas positivas quanto aos pleitos que constam na Campanha Salarial.

A Diretoria Colegiada do SindJustiça Ceará solicitou que a categoria se mantenha vigilante e mobilizada, informou que logo após a reunião com a administração serão repassados informes, expondo o quadro na negociação.

Até lá, o sindicato continuará visitando as unidades judiciárias e reunindo-se com os servidores nos locais de trabalho. Todos os servidores, em seus locais de trabalho, deverão fazer sua parte, conversando com os colegas e enviando fotos demonstrando apoio ao movimento.

Uma nova Assembleia Geral será marcada, para definir os rumos do movimento e, caso não haja nenhum avanço efetivo nas negociações, paralisações pontuais em cada unidade e até mesmo a realização de uma greve não está descartada.

Greve Geral

Outro ponto abordado na Assembleia Geral foi a luta contra a reforma da previdência e a adesão ao movimento paredista, que ocorrerá no dia 14 de junho, com atos, mobilizações e greves em todo o país.

Os servidores do judiciário estadual aprovaram, por unanimidade, adesão ao movimento e alertaram que, caso não hajam avanços nas negociações com Tribunal, as pautas específicas da categoria também poderão motivar a ampliação do movimento paredista, com a deflagração de uma greve durante este período.

TJCE e as práticas antissindicais

No início da Assembleia, os diretores do SindJustiça foram informados que a administração do Tribunal não aceitaria que o sindicato utilizasse a energia do prédio para ligar aparelhagem de som, ao que inviabilizou uma apresentação artística, programa para a AGE.

A medida visava desmobilizar a categoria e dificultar o trabalho sindicato, todavia, rapidamente a situação foi contornada e a Assembleia prosseguiu com a utilização do carro de som da entidade.

Além de não propor nenhuma medida efetiva para implantação dos pleitos reivindicados pelos servidores, a atual administração do TJCE ainda se utiliza de práticas antissindicais, atentando contra a liberdade de organização e de manifestação.

A Diretoria Colegiada não aceitará qualquer ataque desta natureza e prosseguirá desenvolvendo seu trabalho com autonomia e independência, respaldada pelo conjunto dos servidores.

A luta continua!

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