Nesta quarta-feira (16/09), no auditório Dom Aloísio Lorscheider, no subsolo do Palácio da Justiça, foi realizado um coffee break, seguido por uma roda de conversa, promovida pelo sindicato, tendo por objetivo debater a vitória do movimento grevista

Nesta quarta-feira (16/09), no auditório Dom Aloísio Lorscheider, localizado no subsolo do Palácio da Justiça, foi realizado um coffee break, seguido por uma roda de conversa, promovida pelo sindicato, tendo por objetivo debater a vitória do movimento grevista e os principais pontos do acordo firmado.

Durante a roda de conversa foi avaliada a participação da categoria no movimento grevista, ressaltando o caráter participativo da greve e a construção coletiva de um movimento forte e combativo. Além dessas questões, foi opinião comum a vitória conquistada e as conquistas garantidas pelo movimento.

A Diretoria do SINDJUSTIÇA ressaltou diversos pontos do acordo, destacando o avanço e o encaminhamento para implementação de pleitos importantes da categoria . Na ocasião, foram lidos os principais termos do acordo com o TJCE. De acordo com Roberto Eudes, coordenador geral do SINDJUSTIÇA e Daniel Cabral, diretor de imprensa, “o acordo encontra-se disponível na sede do sindicato, sendo de livre acesso ao conjunto dos servidores, apenas por questões estratégicas resolvemos não divulgá-lo em mídias sociais. De qualquer modo, o movimento foi vitorioso”.

Foi ressaltada também a necessidade de criação de um fundo de greve, a ser constituído por meio das finanças do sindicato e da contribuição dos servidores, com o objetivo de reforçar as atividades do movimento paredista. Este é um importante passo para assegurar a autonomia e independência do movimento.

Outro ponto abordado foi a prioridade dos gastos na atual gestão. Enquanto diversos benefícios são concedidos aos desembargadores, a exemplo, a renovação da frota de veículos, as pautas econômicas, pleiteadas pelos servidores, são deixadas de lado. Esse fato revela certa primazia dos interesses de alguns, frente os pleitos dos servidores.

É certo que a crise, argumento constantemente utilizado, afeta apenas uma parcela daqueles que fazem o Poder Judiciário. O SINDJUSTIÇA alertou ainda sobre a necessidade de todos se manterem vigilantes em relação ao aumento linear para janeiro de 2016.

A crise não deve ser desculpa para a não implementação do reajuste nos salários dos servidores. Conforme o presidente do SINDJUSTIÇA, Roberto Eudes, “se gastos devem ser cortados, que revejam os benefícios concedidos, por vezes de forma desmedida aos juízes e aos desembargadores. Os servidores não aceitarão pagar pela crise!”.

Por fim, a diretoria do SINDJUSTIÇA ressaltou que prosseguirá nas visitas, realizando rodas de conversas e promovendo o debate. Os próximos locais a serem visitados serão o Fórum Clóvis Beviláqua, diversas comarcas e juizados, tanto do interior como da capital.