Paralisação: 1º dia começa com adesão em massa em todo o Estado

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Sites, jornais, rádios e TVS locais salientam o tom pacífico e a pauta de reivindicações que levaram os trabalhadores do judiciário a cruzarem os braços nesses dois dias.

A participação massiva dos servidores na manhã desta quarta-feira, dia 20/05, surpreendeu a todos, mostrando disposição, coerência e mobilização acerca dos pleitos da categoria, que reivindica a readequação da jornada de trabalho para 7 horas corridas sem redução de vencimentos, conforme aplicada na Justiça Federal, pagamento das ascensões e Gratificação de Estímulo à Interiorização (GEI), reajuste do auxílio alimentação, entre outros direitos dos servidores. Em todo o estado, cerca de 2.000 funcionários do Tribunal de Justiça cruzaram os braços e participaram ativamente das manifestações. Em Fortaleza, a mobilização teve concentração na rampa principal do Fórum Clóvis Beviláqua. Uma estrutura com tenda, carro de som, distribuição de água e mantimentos foi montada para receber os adeptos à paralisação.

No início do dia, o comando de greve percorreu as varas do FCB convocando os servidores a aderirem o movimento paredista. Para o servidor João Paulo, os trabalhadores do judiciário estão respondendo ao chamado da paralisação conscientes da importância desse momento de luta. “Há muito tempo que estamos pleiteando o pagamento desses direitos, e só há protelação por parte do TJCE. Com esse momento de crise corremos o risco de passarmos mais um ano sem a garantia dos nossos benefícios”, comentou. O servidor ainda parabenizou a categoria pela participação massiva na manifestação.

Em sua fala, nesta manhã, o coordenador geral do SindJustiça, Roberto Eudes, comentou o descaso do TJCE e a falta de cumprimento dos direitos assegurados aos servidores. Para ele falta vontade política e diálogo para definir uma agenda positiva a fim de programar os pagamentos devidos dos benefícios. Roberto lembrou ainda a ausência de bom senso dos juízes em reivindicarem um auxílio moradia avaliado em R$ 4.300,00, bem como os novos pleitos previstos na Lei Orgânica da Magistratura Nacional – LOMAN.

Movimento de Paralisação em destaque na Imprensa Cearense

A cobertura da imprensa local sobre a manifestação do movimento paredista do Judiciário tem sido sóbria e analítica. Em todas, são destacados o tom reivindicatório das pautas aprovadas no I Congresso do SindJustiça.

Os sites, jornais, rádios e Tv’s apontaram a inoperância do Judiciário cearense em não estabelecer uma mesa de negociação e a demora em pagar os benefícios. Pela manhã a pauta “Paralisação do Judiciário cearense” foi destaque nos principais veículos da capital: Diário do Nordeste, Jornal O Povo, TV Diário, Tv União, TV Verdes Mares, Rádio O Povo, Rádio Dom Bosco e Rádio Verdes Mares.

Em várias comarcas do interior, rádios e blogs destacaram o primeiro dia de paralisação. No Cariri, onde houve forte adesão, rádios, blogs e as tv’s Verde Vale e Verdes Mares Cariri realizaram a cobertura do movimento pacífico.

Orientações sobre a paralisação

O SindJustiça orienta manter o mínimo de 30% de servidores em plantão, para que seja dado cumprimento, exclusivamente, de casos de urgência. Na comarca onde houver apenas 01 servidor, este será plantonista, nos demais casos, deve ser feito revezamento nos dois dias de greve, ou seja, alternando o servidor de plantão.

Durante a greve, os plantonistas (30%) deverão cumprir os expedientes das seguintes demandas: liminares para procedimentos médicos-hospitalares, feitos contra a fazenda pública municipal e estadual (PGM e PGE), Lei Maria da Penha (somente medidas protetivas), busca e apreensão de menores e separação de corpos, execução de alimentos, ações que atingem perecimento de direito, mandados de réu preso, mandados de segurança, alvarás de soltura, habeas corpus e quaisquer outras matérias similares ou que serão decididas pelo comando de greve.

Os servidores plantonistas poderão efetuar prévia avaliação de outras urgências que mereçam atendimento, definindo sua adequação à apreciação em regime de urgência, analisando o risco de perecimento do direito posto em litígio. Em caso de dúvidas, os plantonistas colherão a orientação final do comando de greve. O Sindicato ainda lembra que os servidores grevistas deverão assinar o ponto da paralisação na planilha disponibilizada ao final desse informativo. Essa planilha preenchida deverá ser remetida posteriormente ao SindJustiça, caso necessário.

Mais mobilização para esta quinta-feira (21/05)

Para esta quinta-feira (21/05), os servidores do Judiciário Estadual iniciarão a concentrarão em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua, às 08 horas, e em seguida se deslocam até o Cambeba para uma manifestação em frente prédio do Tribunal de Justiça a partir das 11 horas. Das 11:30 às 13:30 horas, vans e carros irão deslocar os servidores grevistas até a sede do TJCE.

A categoria irá acompanhar as palavras de ordem e em seguida as deliberações para definir sobre a continuidade do movimento paredista.

Esclarecimentos da Presidente do TJCE x Desafio do Presidente do Sindjustiça

Ao final de algumas matérias veiculadas na imprensa televisiva, noticiou-se que, em nota, a Desembargadora Presidente do TJCE, Iracema do Vale, informou que “já contemplou um dos itens da pauta de reivindicações dos servidores e que está cumprindo todos os compromissos assumidos com o sindicato da categoria.” Diante dessas afirmações, o coordenador Geral do Sindjustiça, Roberto Eudes, desafia a Presidente do Tribunal de Justiça a fazer uma acareação diante da imprensa para que dizer qual ponto da pauta foi atendido e quais compromissos foram assumidos com o sindicato.

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