Dia de mobilização – Servidores do Fórum Clóvis Beviláqua abraçam luta por melhorias em prol da categoria

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Com atividades estratégicas em todos os estados, trabalhadores e trabalhadoras de várias categorias paralisaram atividades e participaram de atos na manhã desta quarta-feira (15).

Por Washngton Feitosa.

Um conjunto de ações coordenadas por todo o Brasil marcou a manhã desta quarta-feira, dia 15/04, em mais um Dia Nacional de Paralisação. As atividades tiveram como foco protestos contra as terceirizações e as MPs 664 e 665. Liderados pela CSP-Conlutas, CUT, CTB e organizações que constituem um Fórum de Lutas, os movimentos conseguiram levar milhares às ruas.

Em Fortaleza, representantes da Diretoria do SindJustiça Ceará estiveram reunidos com servidores do judiciário cearense no Auditório Agenor Studart, na sede do Fórum Clóvis Beviláqua, por volta das 10 horas, para divulgar a agenda de lutas da entidade a fim de implementar melhorias em prol da categoria.

Os coordenadores do SindJustiça aproveitaram a ocasião para apresentar as deliberações definidas no I Congresso Estadual do Sindicato, tais como a elaboração de uma pauta reivindicatória, acompanhamento do andamento das negociações junto ao TJCE, Plano de Lutas e os preparativos para a Assembleia Geral prevista para acontecer no dia 08/05.

Um número expressivo de servidores participou do encontro promovido pelo SindJustiça. Ao todo, estiveram presentes 70 trabalhadores daquela unidade.

O coordenador geral do SindJustiça, Roberto Eudes, destacou a necessidade e a importância de se ampliar a luta dos trabalhadores do judiciário em defesa de seus direitos e de apoiar a luta contra a terceirização e a aprovação do PL 4330, com maior envolvimento da categoria até ser retirado ou reprovado pelo Congresso, projeto este que retira direitos dos trabalhadores. Ele lembrou algumas bandeiras de luta que vêm sendo defendidas a exemplo da equiparação do auxílio alimentação com os magistrados, isonomia, adequação da carga horária da jornada de trabalho para 7 horas, reforma do Plano de Cargos e Carreiras, entre outros.

“Além dos trabalhadores do judiciário nós queremos também envolver e sensibilizar a sociedade. Para isso, estamos pensando campanhas, intervenções criativas nas praças e nos sinais de trânsito. É inadmissível um auxílio moradia para juízes no valor de R$ 4.377,73, enquanto que um salário mínimo custa R$788,00. Faremos um “buzinaço” na Av. Washington Soares para protestarmos e esclarecermos a população”, explicou o sindicalista.

Na reunião foram dados os informes da situação financeira do TJ-CE, tendo sido feita avaliação pelos presentes de que os Magistrados estão interessados, no momento em aprovar o pagamento das respondências, sobrecarregando mais uma vez o orçamento, em detrimento da pauta dos servidores.

Lutas e conquistas

A servidora Gema Timbó, lotada na Central de Inteligência do Crime, lembrou a Lei que foi sancionada em 1984, que concede aumento à categoria de escrevente. O aumento nunca foi cumprido pelo Estado, embora tenha transitada em julgado a decisão. “São 28 anos de luta e direitos cerceados. Não queremos migalhas diante das conquistas dos magistrados, queremos o que é nosso por direito. Por isso convoco a todos a entrarem na luta. A união faz a força”, desabafou.

Sobre a adequação da jornada de trabalho, Roberto Eudes explicou que o SindJustiça optou por apontar proposta de turma única. Segundo ele, o argumento utilizado é o da economia. A nova carga horária iria impactar positivamente na economia de luz e custeio. Porém a decisão é discricionária da administração do TJCE.

Questionado sobre a participação do Sindicato dos Oficiais de Justiça na luta, Eudes informou que o SindJustiça vai sempre buscar o caminho do diálogo. “Nós pregamos a unificação para fortalecer a luta. Se forem tomadas decisões consensuais a gente assina sem nenhum problema. Agora entendemos que falta amadurecimento da outra parte.”

O diretor cultural do SindJustiça, Walberto Filho, comentou a importância da unidade a fim de fortalecer a luta. “Gostaria de parabenizar a participação dos colegas aqui presentes e dizer que o Sindicato vai promover cursos de formação política com intuito de conscientizar e esclarecer as ações da entidade, proporcionando um maior engajamento da categoria”, disse.

Walberto lembrou também a dificuldade no repasse das ascensões junto aos servidores e sugeriu para cada atraso uma paralisação a exemplo do que acontece com os servidores da Secretaria da Fazenda (SEFAZ).

Reuniões setoriais e mobilização para a Assembleia Geral

Ao final da plenária, foram formadas comissões a fim de fortalecer as mobilizações e elaborado um calendário de reuniões setoriais. As reuniões acontecem como forma de mobilizar as bases e preparar a categoria para a Assembleia Geral do próximo dia 08 de maio e deliberar sobre possíveis paralisações.

Varas de Família – segunda-feira – dia 20/04, às 10 horas, em frente ao espaço de convivência da 14ª de Família;

Varas de Falência/Sucessões – dia 20/04, às 15 horas, em frente à 4ª Vara de Sucessões;

Varas do Crime-quarta feira-dia22/04, às 10 horas, no espaço do corredor, em frente à Coman;

Varas Cíveis – dia 22/04, às 15 horas, no corredor em frente à 3ª Vara Cível;

Varas da Fazenda Pública-23/04, no primeiro piso, próximo ao Elevador Central.

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