Reunião do SindJustiça no Palácio da Justiça indica luta e possíveis paralisações

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Aconteceu na tarde desta quinta-feira, dia 09/04, reunião/ plenária do SindJustiça no Auditório Dom Aloísio Lorscheider, na sede do Palácio da Justiça, situado no Complexo Administrativo Governador Virgílio Távora. Durante o encontro apontou-se a necessidade de ampliar a luta dos trabalhadores do judiciário em defesa de seus direitos. Entre as resoluções, ficou acordada a importância de construir um novo dia de mobilização com possíveis paralisações a ser definido na Assembleia Geral prevista para o dia 08/05.

Os coordenadores do SindJustiça aproveitaram a ocasião para apresentar as deliberações do I Congresso do Sindicato, tais como pauta reivindicatória, andamento das negociações com o TJCE, Plano de Lutas e os preparativos para a AGE. O PL 4330, que regulamenta a terceirização, aprovado pela Câmara Federal, também foi debatido e veementemente repudiado pela classe.

Um número expressivo de servidores participou do encontro promovido pelo SindJustiça. Ao todo, estiveram presentes 55 trabalhadores daquela unidade.

Em sua fala o coordenador Geral do SindJustiça, Roberto Eudes, lembrou algumas bandeiras de lutas a exemplo da equiparação do auxílio alimentação com os magistrados, isonomia, adequação da carga horária da jornada de trabalho, reforma do Plano de Cargos e Carreiras, entre outros. Eudes enfatizou a importância da luta engajada tendo como foco a valorização e conquistas de direitos. “Devemos apoiar com toda força à PEC que regulamenta a participação dos servidores na eleição dos magistrados, levando-se em consideração o processo de democratização do judiciário. É preciso haver mais participação e igualdade entre as classes”, ponderou.

Para os trabalhadores do judiciário, a Direção do TJ tem de assumir, de fato, compromisso sério com as reais necessidades de seus servidores. Passado um mês da primeira audiência com os assessores do Gabinete da Direção Geral do TJCE e nenhuma resposta sobre as demandas apresentadas. O que se tem observado nos últimos tempos são sérios retrocessos como casos de assédio nas unidades e o desrespeito desmedido às próprias leis.

O diretor Jurídico do SindJustiça Pedro Helker afirmou que o TJCE quer fazer arrocho sobre os direitos dos servidores como, por exemplo, barreirar o repasse das ascensões. “Existe uma massa considerável de terceirizados no TJCE, há pagamento de retroativos a magistrados, quando os servidores do judiciário passam anos sem receber direitos adquiridos em lei”, disse.

A servidora Iracíria Ximenes fez uso da palavra e com muita lucidez e relatou o seu descontentamento compartilhado pelos colegas presentes. “Falta respeito em alto grau por parte dos desembargadores para conosco. Quando trata-se dos benefícios para eles tudo é facilitado. A luta é coletiva e precisamos de união”, desabafou.

Iracíria comentou sobre os danos causados em função da migração do Plano de Cargos e Carreiras antigo para o novo. “Houve um congelamento perverso nas tabelas no sentido de ampliar direitos. O auxílio saúde, hoje, é uma vergonha. Passaram o rolo compressor por cima de nós e aprovaram esse plano que aí está”.

Ao final da reunião ficou acordado entre os dirigentes sindicais e os servidores a elaboração de um nota pública para ser veiculada no jornal, retomada da mesa de negociação permanente com a Presidência do TJCE e a assembleia geral no dia 08/05.

Uma nova reunião, a ser realizada nas instalações do Fórum Clovis Beviláqua no dia 15 de abril, antecipará as discussões por parte dos servidores com uma programação envolvendo debates, ideias e contrapontos contra opressões que devem preparar e construir a nova data de luta.

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