Iniciada no dia 01 de fevereiro, a greve nacional dos petroleiros ganha cada vez mais força e repercussão. Em dezoito dias de paralisações, a greve já é considerada a mais longa realizada pela categoria desde 1995, quando o movimento durou 32 dias.
Dia após dia a greve vem crescendo e, de acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o número de unidades do Sistema Petrobrás que encontram-se paralisadas já ultrapassa a marca de 120 e mais de 60% – 21 mil trabalhadores – da categoria cruzou os braços.
Todo este movimento tem algumas reivindicações, quais sejam: o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela direção da empresa, a defesa dos empregos, o combate ao desmonte e a privatização, o fim da política de paridade de preços com o mercado internacional, dentre outras. Na contramão dos anseios dos trabalhadores, o Ministro Ives Gandra, em mais uma decisão monocrática, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), resolveu decretar a greve ilegal. Em uma postura ainda mais imoral, a diretoria da Petrobrás, em decisão recente, passou a oferecer bônus aos trabalhadores que não aderirem ao movimento.
A FUP, por sua vez, em nota divulgada à sociedade, reafirma seu posicionamento de dar prosseguimento ao movimento paredista, que tem reivindicações justas. Como descrito na nota: “A greve é um direito garantido a todos os brasileiros pela Constituição de 1988, dentre eles os petroleiros.”
Nós, do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Ceará, compreendemos, que é ilegal é a venda do patrimônio do povo brasileiro. Ilegal é a retirada de direitos e as constantes ameaças sofridas pelos trabalhadores. Ilegal é a injusta política de preços, penalizando o povo mais pobre.
Por isso, a Diretoria Colegiada do SindJustiça Ceará declara seu total e irrestrito apoio à greve dos petroleiros e condena qualquer tentativa de cerceamento das liberdades de manifestação e organização. O exemplo dos petroleiros, na defesa do patrimônio do povo brasileiro e contra o sucateamento da máquina pública deve ser seguido por outras categorias. Afinal, é hora de resistência e luta em defesa do serviço e dos servidores públicos, é hora de luta pela manutenção dos direitos conquistados historicamente pelos trabalhadores.
A greve continua, cada vez mais firme, forte e crescente em adesão e solidariedade!
Fortaleza, 18 de fevereiro de 2020
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