Na manhã desta quinta-feira (09), os diretores do sindicato Roberto Eudes, Pedro Helker e Jayro Rodrigues estiveram reunidos com a administração do Tribunal de Justiça, representada pelo Presidente Gladyson Pontes, pelos juízes e assessores especiais Marcelo Roseno e Luciano Lima, pelo secretário Nilsiton Aragão, pela futura Secretária de Gestão de Pessoas, Ângela Araújo, e pelo Secretário de Planejamento e Gestão, Sérgio Mendes. Além dos representantes do Sindjustica/Ce, diretores do Sindojus/Ce também participaram da reunião.

No início, o Presidente do TJ/Ce informou que só trataria da pauta relativa à jornada corrida, ante a necessidade de se resolver o tema com urgência, uma vez que o prazo das 07 horas se expirará no final do mês.

Logo após, o Presidente do TJCE cedeu a palavra aos diretores do Sindjustiça/Ce, ocasião em que Roberto Eudes destacou a importância da continuidade da jornada corrida, de forma definitiva e sem a necessidade de aferir produtividade dos servidores.

Roberto Eudes salientou ainda, a importância da efetivação da jornada corrida para qualidade de vida dos servidores, enquanto Pedro Helker destacou que a maioria do Tribunais do país já adotam as jornadas de 06 ou 07 horas corridas e a minoria adota a jornada de 08 horas diárias.

Na defesa da jornada corrida o diretor Jayro Rodrigues lembrou dos prêmios obtidos pelo TJ/Ce e ressaltou o esforço empreendido pelos servidores.

Na sequência, os representantes do TJ/Ce passaram a alegar o não cumprimento das metas estabelecidas para a efetivação do pleito, informando que houve queda no número de baixas desde a implantação da jornada corrida.

Prontamente os dirigentes sindicais manifestaram-se diante das informações, salientando o esforço dos servidores e a justeza da reivindicação. Os sindicalistas também salientaram que as metas estabelecidas foram impostas pela Administração de forma unilateral, ou seja, não foi uma proposta construída pela entidade e pelo conjunto dos servidores.

Pedro Helker argumentou que a meta específica das 07 horas, relativa à área judiciária, não dependia exclusivamente dos servidores e que o seu descumprimento não implicou em queda das metas do CNJ, que se apresentaram crescentes devido à produtividade oriunda das metas da GAM Unidades. Na ocasião, Pedro Helker apresentou a todos os presentes uma matéria de janeiro desse ano, do próprio portal do TJCE, dando conta da grande produtividade do nosso Tribunal em 2016.

Mesmo sem ser tema da pauta, Roberto Eudes destacou os inúmeros prejuízos financeiros dos servidores com o não pagamento de vários direitos, como o reajuste salarial, ascensões funcionais e GEI para todo o interior.

Sobre as alegações de todos, o Presidente do TJ/Ce, Des. Gladyson Pontes, salientou a importância do diálogo acerca do tema e a necessidade da construção coletiva de uma proposta alternativa, mas negou, à princípio, a implantação definitiva da jornada corrida, sem condicionantes, conforme o pedido sindical.

Outras intervenções foram realizadas pela Administração, especialmente pelo juiz Marcelo Roseno, que, dentre as propostas de condicionantes, sugeriu tomar como base a GAM. O sindicato, por sua vez sustentou sua posição da implantação definitiva da jornada corrida de 07h e sem condicionantes.

O Presidente Gladson insistiu em manter a jornada corrida mediante a aplicação de alguma meta factível, argumentando que o sindicato poderia indicar propostas de metas para avaliação da Administração, a fim de serem utilizadas como parâmetro para a implantação definitiva do pleito.

A diretoria resolveu não fechar questão e decidiu convocar uma Assembleia Geral Extraordinária, para essa sexta-feira (10), às 13 horas, na sede do Sindicato, ao lado do Fórum Clóvis Bevilaqua, para colher, da categoria, sugestões e definir uma contraproposta para a Administração.