Proposta inicial da operadora era de 7,35%. Percentual foi reduzido após diretores do sindicato argumentarem sobre defasagem salarial e retirada de direitos

Após mais uma reunião realizada entre o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Ceará (SindJustiça Ceará) e representantes da Unimed Ceará, o reajuste anual do plano ficou acordado em 5,5%. A rodada de negociação ocorreu de forma virtual (videoconferência) na última quarta-feira (06/05).

Além dos representantes da operadora Lediane Freire e Maurício Carneiro, também participaram da reunião o advogado do sindicato Wesley Miranda, os diretores Roberto Eudes Fontenele, Pedro Helker, Thiago Sampaio, Iderlandio Morais, Edmar Duarte e Deusimar Rodrigues, funcionários da entidade e o servidor Cleison Mattza. O sindicato havia feito a convocação através do site no dia anterior para todos os servidores que desejassem participar da reunião.

No começo da negociação, a primeira proposta apresentada pela operadora foi de 7,35%, no dia 16 de abril, percentual que foi reduzido para 5,88% na rodada de negociação realizada no dia 20 de abril. Essa redução só foi possível após os diretores do sindicato argumentarem que os servidores estão com perda salarial de 26%.

Além disso, também foi dito que os servidores públicos em geral estão tendo seus direitos atacados com a justificativa de combater a pandemia do novo coronavírus, como as ascensões funcionais dos servidores do Judiciário estadual cearense que foram suspensas e o congelamento dos salários dos servidores públicos por 18 meses, aprovado pelo Congresso Nacional na última semana.

NOVA REDUÇÃO DE PERCENTUAL

Durante a última reunião realizada, o Coordenador-geral do sindicato, Roberto Eudes Fontenele, argumentou novamente que os servidores do Judiciário estadual cearense estão sofrendo financeiramente com esse processo de congelamento e contou que eles também estão tendo despesas que não estavam programadas, com a compra de equipamentos e aumento da energia devido ao teletrabalho.

Por sua vez, o assessor jurídico do sindicato disse que a média da taxa de sinistralidade do plano (relação entre custos da operadora e mensalidades dos beneficiários) nos últimos doze meses foi menor do que o limite considerável saudável pela operadora, o que proporciona uma margem considerável para a cooperativa não ter prejuízos. O advogado ainda disse que está preocupado que os servidores tenham dificuldade de arcar com o novo custo após o congelamento de salários.

Os representantes da operadora, porém, falaram que o menor percentual que a diretoria do plano aceitou foi a de 5,5%, para que se mantenha uma relação de forma saudável e manter o contrato equilibrado.