Abertura contou com a presença de deputados e sindicalistas para destacar a importância da resistência popular e da defesa da democracia.
Na tarde de ontem (28), ocorreu a cerimônia de abertura do III Congresso Estadual do SindJustiça-CE, realizado no hotel Praia Centro, em Fortaleza, com programação de 28 a 30 de novembro.
A abertura foi marcada pela apresentação do Maracatu Solar, que deu as boas-vindas a delegados, representantes de entidades sindicais e convidados de várias regiões do estado.
Em seguida, o coordenador-geral do SindJustiça-CE, Roberto Eudes, destacou a importância da identidade de classe e do papel político da luta sindical, especialmente diante dos desafios intensificados após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
A mesa de abertura contou ainda com falas de Alexandre Santos, da Fenajud, e José Batista, da CSP-Conlutas-CE, que enfatizaram a necessidade de resistência sindical e o posicionamento contrário à anistia dos responsáveis pelos atos golpistas.
O deputado estadual Renato Roseno (PSOL/CE) alertou sobre os riscos de violência política caso o golpe tivesse prosperado, as pessoas que estariam sendo vítimas da violência política resultante seriam os lutadores, como ele ou os dirigentes do sindicato. Sua fala destacou para os presentes que o foco do ódio não são pessoas desconhecidas ou perigosas, conforme construído no discurso golpista.
Já a deputada estadual Larissa Gaspar (PT/CE) reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos da classe trabalhadora, destacando a luta pela redução da jornada de trabalho e a importância dos servidores públicos no fortalecimento das políticas sociais.
Também compuseram a mesa de abertura os coordenadores do SindJustiça-CE José Arimatéia, Fátima Moreira, Jayro Rodrigues, Ivone Nascimento, Raí Rodrigues e Pedro Helker, além de representantes de sindicatos parceiros, como Eriston Ferreira (Sindfort), Ailton Lopes (categoria bancária), Audrey Feitosa (Sinsempence) e Gabriela Mac Dowell (Sindetran-CE). Estiveram presentes no evento, Jederson Vidal (Sinteti) e Flávio Braz (Sintro-Ce),
PALESTRA DE CONJUNTURA: LIBERALISMO, NEOFASCISMO E O PAPEL DO JUDICIÁRIO
Após a mesa de abertura, o jurista e professor universitário Newton Albuquerque, da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), proferiu uma palestra sobre os desafios da democracia brasileira no contexto do liberalismo e do neofascismo.
Coordenada por Raí Rodrigues e Jayro Rodrigues, a mesa debateu a tentativa de golpe de 8 de janeiro e o relatório da Polícia Federal que revelou planos de assassinatos contra o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Albuquerque destacou o papel central dos sindicalistas na defesa da democracia e do Judiciário, enfatizando a necessidade de preservar o Estado Democrático de Direito conforme a Constituição de 1988. Ele também abordou os ataques às políticas sociais promovidos pelo governo anterior e a urgência de o campo progressista dialogar com a diversidade do povo brasileiro, superando preconceitos.
Durante as intervenções, Ailton Lopes enfatizou a relevância de tratar pautas de costumes de forma ampla, como uma luta contra diversas formas de opressão que afetam mulheres, pessoas LGBTQIA+, negros e pessoas com deficiência.
O primeiro dia do evento reforçou a união entre diferentes setores e o compromisso com a democracia, sinalizando debates aprofundados nos dias seguintes.
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