Justamente no momento em que a classe trabalhadora organizada ganha a pauta nacional com a proposta da PEC do fim da escala 6×1, mais um episódio de barbárie tem como palco o seio da nossa República.
Na noite da quarta-feira (13), Francisco Wanderley Luiz, apelidado nas redes como “Tiu França”, integrante do Partido Liberal (PL), explodiu um carro no estacionamento entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.
O veículo continha fogos de artifício e tijolos no porta-malas, segundo as informações divulgadas pela grande imprensa. Após a primeira explosão, uma segunda foi ouvida na Praça dos Três Poderes, onde França foi encontrado morto.
As apurações da imprensa também revelam que outros artefatos foram descobertos após as explosões.
O que é importante ressaltar aqui é que não estamos, como alguns podem acreditar, falando de um processo de insanidade individual de alguém adoecido.
França foi candidato a vereador no Rio do Sul, Santa Catarina, em 2020. Participou dos acampamentos golpistas e fez ameaças nas redes sociais, onde inclusive dava indicativos da tentativa de atentado.
Segundo apurado pelo UOL, a ex-mulher do suspeito afirmou que ele estava se comportando de forma obcecada desde a derrota de Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais.
A doença aqui então tem um nome: Bolsonarismo. E só irá produzir zumbis do ódio, até quando o país entender que episódios de terrorismo contra a democracia e suas instituições, não podem ser tolerados ou anistiados.
França é exatamente igual aos demais extremistas inconformados com o resultado das últimas eleições que invadiram a praça dos três poderes em 8 de janeiro e depredaram o patrimônio histórico nacional.
Ele é fruto do discurso de ódio e de atitudes estimulantes ao golpismo, puxadas em discursos metafóricos e insinuativos por lideranças políticas e públicas brasileiras que representam uma extrema-direita que usa Bolsonaro (PL) como um ícone de suas idiossincrasias.
O próprio Bolsonaro é um emissor constante de falas, muitas delas baseadas em mentiras, que atacam o STF e que muito se diferenciam do que poderíamos chamar de um protesto civil, democrático e legal.
É este caldo, cozinhado industrialmente no chamado “Gabinete do Ódio”, que produz uma estratégia política muito bem orquestrada para adoecer pessoas e torná-las fanáticas e capazes de sujar as mãos em nome de seu novo Hitler.
Bolsonaro, tentando mais uma vez se livrar da responsabilidade pública e penal de seus atos, chamou França de “maluco”. Precisa agora explicar o que o adoeceu”, fanatizou, alimentou e arregimentou?
Pilatos e a mão lavada vão até quando ter a conivência do Estado?
Nós, da diretoria colegiada do SindJustiça-Ce, exigimos a punição de todos os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro e a apuração completa do caso França, inclusive com a devida atenção ao discurso de incentivo golpista. Não é liberdade de expressão incentivar crime. Incentivar crime é ser mandante. Não seremos tolerantes com qualquer tentativa de terrorismo contra a nossa república e a justiça brasileira.
PUNIÇÃO AOS GOLPISTAS! SEM ANISTIA PARA TERRORISTAS!
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