ATO POR JUSTIÇA A ZÉ MARIA DO TOMÉ É REALIZADO ENQUANTO JULGAMENTO DE UM DOS ENVOLVIDOS ACONTECE NO FÓRUM CLÓVIS BEVILÁQUA

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Após 14 anos de impunidade, ocorreu na última quarta-feira (09) o julgamento de um dos envolvidos no assassinato de Zé Maria do Tomé, ativista ambiental brutalmente morto em 21 de abril de 2010, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte.

Enquanto acontecia o julgamento, movimentos sociais e entidades sindicais realizaram um ato político em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua. O SindJustiça Ceará prestou total apoio logístico à manifestação, que se estendeu durante todo o dia. “Disponibilizamos a estrutura e estamos acolhendo os familiares de Zé Maria do Tomé na nossa Casa de Passagem”, comenta Roberto Eudes, coordenador-geral do sindicato.

Além do SindJustiça Ceará, representado pelo coordenador-geral e pelas coordenadoras jurídica, Fatinha Moreira, e de administração e finanças, Jacira Pavão, também participaram do ato alguns parlamentares cearenses: Missias do MST, Renato Roseno e Adriana Gerônimo; além da ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele; do ex-parlamentar João Alfredo, representando o Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará (Idace); Dom Edmilson da Cruz; e os recentes candidatos à prefeitura de Fortaleza, Chico Malta (PCB) e Zé Batista (PSTU).

Participaram também representantes de diversas instituições e movimentos sociais, como: Comissão de Direitos Humanos da OAB, Crítica Radical, Centro de Defesa da Vida, Defensoria Pública, MST, Fiocruz, Cáritas, Tramas UFC, Arquidiocese de Limoeiro do Norte, Acampamento Zé Maria do Tomé, Movimento 21, Escritório Frei Tito, Grupo de Pesquisa NATERRA – UECE, EFA, CSP Conlutas, UJC UECE, Sindicato dos Bancários, União Mulheres Cearenses (UMC) e OPA. O reitor da UECE, Idelbrando Soares, e a juíza federal Cláudia Maria também estiveram presentes.

O julgamento

Somente um dos envolvidos no crime que tirou a vida de Zé Maria do Tomé foi julgado. O agricultor Francisco Marcos Lima Barros foi condenado a 16 anos de prisão por ter fornecido ao executor do crime informações sobre a localização e os hábitos de Zé Maria, facilitando a emboscada que resultou em sua morte.

Caso Zé Maria do Tomé

Zé Maria do Tomé foi brutalmente assassinado em 21 de abril de 2010, com mais de vinte tiros à queima-roupa, próximo à sua casa, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte, em razão de suas denúncias, principalmente contra a contaminação das águas por agrotóxicos na Chapada do Apodi e a grilagem de terras públicas no Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi. Desde então, seus familiares e movimentos sociais continuam lutando por justiça.

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