Na manhã desta segunda-feira (15), o SindJustiça Ceará participou do ato pelo julgamento imediato do crime contra Zé Maria do Tomé. A manifestação ocorreu em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua. O sindicato esteve representado pelo seu coordenador-geral, Roberto Eudes.
O ato contou com a presença de ativistas do Movimento Sem Terra (MST), Movimento 21 de Abril, Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, Acampamento Zé Maria do Tomé, etc. Além dos movimentos sociais, a mobilização também teve a participação dos parlamentares cearenses Renato Roseno (PSOL), Missias do MST (PT) e Anna Karina (PSOL).
De acordo com Reginaldo Ferreira, ativista ambiental e social do Movimento 21, o ato teve o intuito de cobrar o andamento do processo de julgamento do crime, que está parado desde 2010. A manifestação faz parte da XIII Semana Zé Maria do Tomé, que é realizada de 13 a 20 de abril, com o tema “Território livre: luta pela terra, agroecologia e justiça social no Vale do Jaguaribe”.
Durante o ato, que contou com a presença da família de Zé Maria do Tomé, o deputado estadual Renato Roseno informou que a diretora do Fórum Clóvis Beviláqua, a juíza Solange Meneses, iria receber uma comissão com a família do ativista, advogados e demais apoiadores da causa. Fato que se confirmou logo em seguida.
Em reunião com a juíza, os manifestantes explicaram sobre o processo e pediram que a gestora ajudasse a fazer com que a ação pudesse ser julgada. “Gostaríamos que, se possível, pudesse dialogar com a desembargadora responsável pelo caso para que a ação pudesse ser julgada até o fim do ano”, solicitou o deputado Renato Roseno durante a conversa.
O processo que julga os autores do crime contra Zé Maria do Tomé já esteve na comarca de Limoeiro do Norte e em seguida foi encaminhado para a comarca de Russas. Agora, a ação veio para Fortaleza.
Durante o período da tarde, a família foi recebida pelo desembargador responsável pelo júri nesta semana, no Fórum Clóvis Beviláqua.
APOIO E SOLIDARIEDADE
Além de prestar todo o apoio logístico para a realização do ato, com a disponibilização de barraca e alimentos para os participantes, o SindJustiça Ceará também disponibilizou os quartos da Casa de Passagem do Servidor, recém inaugurada, para que os familiares do ativista pudessem descansar.
“Nada mais justo e solidário do que prestar o apoio necessário a essa luta, que é justíssima, utilizando as ferramentas que nós possuímos, como a nossa Casa de Passagem”, comenta Roberto Eudes.
Zé Maria do Tomé foi brutalmente assassinado em 21 de abril de 2010, com mais de vinte tiros à queima-roupa, próximo à sua casa, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte, em função de suas denúncias, sobretudo, em relação à contaminação das águas por agrotóxicos na Chapada do Apodi e a grilagem de terras de áreas públicas do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi.
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