Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) e a organização dos servidores foram debatidos em palestra com a professora Virgínia Assunção e Roberto Eudes

Na manhã deste sábado (19), às 9h, durante o 1º Encontro Regional Norte e Inhamuns do SindJustiça Ceará, aconteceu a palestra “A luta pelo PCCR e a organização da base: Conjunturas e perspectivas no Estado do Ceará” com a mediação da Delegada Regional dos Inhamuns, Ivone do Nascimento e do Coordenador de Formação do SindJustiça, Edmar Duarte.

Foram palestrantes a professora Virgínia Assunção da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e o Coordenador Geral do SindJustiça, Roberto Eudes.

Em sua fala, Virgínia Assunção tratou sobre a lógica de gestão do estado no Ceará, que iniciou com uma estrutura histórica coronelista, estabelecendo uma dificuldade de diálogo, passando por um gestões modernistas conservadoras de empresários.

 A professora denunciou que até agora os servidores acumulam 37% de perdas salarias que precisam ser reconhecidas e que, mesmo durante o governo de Camilo de Freitas, os servidores ficaram sem ser recebidos para negociação.

Ainda segundo a palestrante, o ideal da parceria público-privada (PPP’s), tratada pelo governo como uma grande saída e adquirindo um nível de normalização, não são benéficas. Para a professora, a reorganização do estado deve ser por eficiência social e não em favor do capital, como está acontecendo até mesmo nas universidades.

O Coordenador Geral do SindJustiça, Roberto Eudes, iniciou com um relato emocionado de sua trajetória a partir do concurso público até a vivência como dirigente sindical, quando teve seu primeiro contato com a associação e desejou romper várias barreiras para lutar pelos direitos dos servidores.

O dirigente lembrou de algumas conquistas que trouxeram importantes mudanças, como, por exemplo, a unidade da categoria e fortalecimento do sindicato, a participação efetiva na Fenajud, a regulamentação da GAM e GEI, incorporação de 33% em decorrência da jornada, o aumento no auxílio-alimentação, a jornada corrida der sete horas, a instituição do auxílio saúde, a isonomia, a criação do instituto do concurso de remoção, etc. “Precisamos saber exatamente onde estamos para defender o que temos e conquistar mais”, afirmou.

Roberto Eudes narrou a trajetória de construção da proposta de alteração do PCCR e tratou sobre as mobilizações e atos de luta da categoria que levaram até o momento atual, no pós pandêmico. Para ele, é hora da retomada de luta, com foco principal, inicialmente, em dois pontos decididos regimentalmente na assembleia da categoria: a criação de novas classes com referências e a descompressão (curva de maturidade), de acordo com o tempo de estagnação na referência final e tempo de serviço a partir do Plano de 2010.

Após, os servidores realizaram falas e perguntas que foram respondidas pelos palestrantes.

E ainda:

Na parte da tarde, a partir das 14h, acontece os grupos de trabalho e os encaminhamentos finais do evento.

Veja as fotos do evento:

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