Ao longo dos últimos doze anos, as transformações no mundo do trabalho e na organização da classe trabalhadora foram intensas. O SindJustiça Ceará, entidade que tem se fortalecido de modo bastante significativo durante essa última década pode ser considerada um exemplo quando o assunto são as conquistas obtidas pela base representada, envolvimento nas lutas mais amplas e administração do patrimônio dos trabalhadores.

Foram diversos os avanços obtidos no campo das conquistas, com reflexo direto na valorização da carreira de nossa categoria, dentre elas:  regulamentação de benefícios do atual PCCR, representando uma valorização financeira sem precedentes; a implantação da GEI em cerca de 100 comarcas; a implantação da GAM Unidades; a elevação vencimental de 33%, proveniente da luta pela jornada de 08h; a isonomia vencimental, equiparando o vencimento dos servidores do interior e capital; ainda durante a gestão do Des. Luíz Brígido, o auxílio alimentação foi reajustado para R$ 450,00, algo que representou um forte avanço. Durante a gestão do Des. Gladyson Pontes, após muita luta da diretoria do sindicato, o auxílio alimentação de servidores foi equiparado ao percebido por magistrados; já durante a gestão da Des. Iracema do Vale, foi firmado o acordo que implementou a jornada corrida de 07h. Em 2017, o sindicato obteve uma vitória judicial na ação que resultou no pagamento da GEI à diversos servidores novatos, removidos em tal período. Na gestão seguinte, Des. Gladyson Pontes, foi implementada, de forma definitiva, a jornada corrida; ainda em 2021, mesmo diante de um contexto adverso, de pandemia e crise econômica, o sindicato firmou o acordo que aprovou o auxílio-saúde, e, mais recentemente, a regulamentação dos plantões judiciários, com folga dobrada.

Tudo isso só foi possível graças a uma direção combativa e atuante, impulsionada pela participação efetiva da categoria, que sempre se somou às diversas formas de luta, como nas manifestações e protestos, greves e acampamentos.

Não obstante ao sucesso no campo da valorização da carreira, outros reflexos de gestões marcadas pelo engajamento e compromisso com o patrimônio dos servidores podem ser notados cotidianamente: se em 2011 a entidade só tinha uma sede alugada, onde trabalhava uma funcionária celetista e dois estagiários, hoje o sindicato conta com duas sedes e uma subsede cedida, funcionando nas dependências do Fórum Clóvis Beviláqua, contando com um quadro de doze funcionários celetistas e com uma equipe específica voltada para o atendimento das demandas dos servidores; são três assessores jurídicos, com atendimento ao público, para causas trabalhistas; cinco carros para facilitar o desenvolvimento dos trabalhos; prestações de contas realizadas anualmente e submetidas a Assembleia Geral, coisa que até 2011 não acontecia; um número significativo de filiados, demonstrando que a categoria reconhece o trabalho desenvolvido; festas e confraternizações acontecendo em todas as regiões, algo diferente do que vigorava até 2011, quando tais eventos só aconteciam na capital, dentre tantos outros frutos de um trabalho árduo e dedicado.

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