Atividade foi deliberada durante assembleia da categoria e acampamento acontece em frente ao Fórum Clóvis Beviláqua
Nesta terça (23/08), pela manhã, os servidores do Judiciário cearense realizaram uma Assembleia Geral na rampa do Fórum Clóvis Beviláqua. Durante o momento político, eles aprovaram a realização de uma acampamento em defesa do Plano de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCR). A vigília diurna e noturna ficará na rampa do Fórum em resposta ao travamento do avanço da proposta de atualização do plano.
O clima entre servidores e a administração do Tribunal ficou tenso por causa da quebra de promessa, da Presidente do TJCE, de atualizar o PCCR em 2022. Dia 28 de junho, a Presidente anunciou a interrupção da análise da proposta do novo PCCR, apresentada pelo SindJustiça. Ao mesmo tempo, as regalias destinadas aos magistrados continuam e ainda foram ampliadas.
Durante a Assembleia, Roberto Fontenele, coordenador geral do SindJustiça, expressou seu descontentamento com a atitude da desembargadora. “Não é uma postura de democracia. Esses pequenos ataques a gente precisa questionar, as coisas só andam no país questionando”.
Formulado há 12 anos, o PCCR (Lei nº 14.786/2010) contém distorções que prejudicam a carreira dos servidores, impedindo, inclusive, ascensão profissional. O PCCR regulamenta o conjunto de normas que regem a atividade profissional de todos que trabalham no Poder Judiciário do Estado do Ceará.
ASSEMBLEIA DO SINDJUSTIÇA CONTA COM PRESENÇA DE SINDICATOS E MOVIMENTOS INDÍGENAS E SOCIAIS
Com grande presença de sindicatos, centrais sindicais, movimentos indígenas e sociais, a AGE do SindJustiça Ceará da manhã desta terça-feira (23), que deliberou o acampamento em prol da reforma do PCCR, também uniu as pautas populares e trabalhistas dessas entidades.
Um dos momentos mais marcantes desta manhã foi o toré (dança) dos indígenas Anacé, que uniu todos os presentes para dançar na entrada do Fórum Clóvis Beviláqua.
Além de apresentarem suas reivindicações, a Assembleia também aprovou a formação de uma comissão para levar essas demandas para a Presidente do TJCE, Desembargadora Nailde Pinheiro. Entre as propostas, está a criação de uma de Centro Judiciário de Resolução de Conflitos e Cidadania ligado especificamente à questão agrária.
Entre as entidades e movimentos presentes estão: Povo Indígena Anacé, Povo Indígena Pitagurary, CSP Conlutas, Sinsempece, Sintro-Ce, STICCRMF, Sindjorce, Fenajud, Sinjal, Sinteti, Movimento Terra Liberta, Brigadas Populares, Confetraf-Brasil, Afronte, Sindjustiça-RN, Crítica Radical, PSOL, PSTU, PCB e vários candidatos à deputado estadual, federal e à governador do estado.
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