Encontro foi realizado nos dias 29 e 30 de julho, no Hotel Praia Centro, em Fortaleza
O SindJustiça Ceará realizou, nos dias 29 e 30 de julho, no Hotel Praia Centro, o Seminário de Formação Política (Encontro de Lideranças Sindicais). O evento contou com a participação de servidores e servidoras do Judiciário estadual cearense de todo o estado.
A mesa de abertura, realizada às 18 horas do dia 29, contou com a presença dos professores de Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Fábio Sobral e André Ferreira, bem como da coordenadora-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), Arlete Rogoginski e do coordenador-geral do SindJustiça Ceará, Roberto Eudes, que também é coordenador de finanças da Fenajud.
Em suas falas, os professores abordaram a crise econômica no mundo, os planos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e como a classe trabalhadora pode se organizar. A coordenadora da Fenajud, por sua vez, falou sobre a degradação dos serviços públicos.
O segundo dia de atividades teve início com a palestra Organização e Trabalho de Base Diante da Nova Dinâmica do Mundo do Trabalho. O assunto foi debatido pelo professor da Universidade Regional do Cariri (URCA), Fábio José Cavalcante, e o coordenador-geral da Fenajud, Alexandre Santos. A mesa foi mediada pelo coordenador de formação política e sindical do SindJustiça Ceará, Pedro Helker.
Fábio José expôs sobre a trajetória do movimento sindical brasileiro, afirmando que o trabalho de base é diferente de organização de base. Também fez um histórico das organizações, através dos tempos, citando o exemplo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e dos trabalhadores da construção civil.
O professor enfatizou o uso da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana para a organização e, até mesmo, para geração de novos dirigentes sindicais.
“Organizar pela base é sobretudo organizar os desorganizados. Pode ser por delegados de bases, conselho de representantes, mas sobretudo organizar Organizações por Local de Trabalho. Com a reforma trabalhista, mais de 1000 sindicatos fecharam suas portas. Organizar, organizar, organizar sempre”, ressaltou Fábio.
Alexandre Santos tratou da nova dinâmica do mundo do trabalho, em especial do judiciário. O palestrante lembrou que o conselho dos presidentes de tribunal está organizado e realiza encontros “para traçar e alinhar todas as maldades que chegam de cima para baixo. Os juízes estão organizados e muito organizados.”
Santos afirmou que a Fenajud “não está deixando barato essa organização” e está tentado desorganizá-los enquanto se organiza, “sempre que eles se reunirem nós vamos nos reunir também no mesmo local, no mesmo estado e próximo a eles, como em Aracaju que pegamos um hotel vizinho”.
Sobre o resultado das mobilizações dos gestores de tribunais, o dirigente sindical denunciou que vários tribunais estavam procurando os sindicatos para negociar o Plano de Cargos e ao lado do Coordenador do SindJustiça Ceará, Roberto Fontenele, descobriu “um movimento no congresso nacional de uma PEC que beneficiaria os juízes, e quando a PEC não poderia prosperar por ser ano eleitoral, houve um recuo geral sobre as negociações em andamento, inclusive no Rio Grande do Norte”.
Para finalizar, Santos afirmou que as entidades sindicais também precisam atuar em rede e o sindicato deve estar conectado nos movimentos sociais, além de investir em marketing digital para dialogar com a categoria. Após os palestrantes, foi aberta a oportunidade de fala aos presentes.
LIDERANÇAS SINDICAIS PLANEJAM PRÓXIMAS AÇÕES DE LUTA
Na tarde de sábado (30), aconteceu a terceira e última parte do Seminário de Formação Política do Encontro de Lideranças do Sindjustiça Ceará, que foi constituída com a formação de dois grupos de trabalho.
Os participantes discutiram a respeito das formas de organização dos servidores do Judiciário com as mudanças do mundo do trabalho, como o teletrabalho, bem como os pleitos e ações de luta para este semestre, tendo como foco a reforma do PCCR, que foi barrada pela Presidente do TJCE, Desembargadora Nailde Pinheiro, em junho.
Ao final das reuniões dos grupos de trabalho, os servidores elaboraram uma carta aberta à Presidente, demonstrando a indignação da categoria com o travamento da proposta do novo Plano e de demais direitos dos servidores que não estão sendo respeitados pela administração do Tribunal, como o pagamento das ascensões funcionais.
CLIQUE AQUI PARA LER A CARTA DESTINADA À PRESIDENTE DO TJCE.
0 Comentários