Advogado e ex-parlamentar João Alfredo foi o convidado da live semanal, que dessa vez foi especial em alusão ao Dia do Meio Ambiente
A live desta semana do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Ceará (SindJustiça Ceará), realizada na quarta-feira (03/06), foi especial em alusão ao Dia do Meio Ambiente, comemorado na próxima sexta-feira (05/06). Para celebrar a data, o sindicato convidou o advogado e professor João Alfredo, que possui um vasto histórico de luta pela causa ambiental.
João Alfredo é ex-parlamentar com 28 anos de mandato, atualmente é Presidente da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil – Ceará (OAB-CE) e doutorando em Direito Ambiental pela Universidade Federal do Ceará (UFC).
Iniciada às 17h30min, a live ainda contou com a presença do Coordenador de Imprensa e Divulgação do SindJustiça Ceará, Iderlandio Morais, que também é um ativista defensor do meio ambiente, sendo integrante do movimento Pró-Árvore. A apresentação foi da jornalista e locutora Marina Valente.
Uma das primeiras falas de Alfredo foi justamente sobre o quanto a pandemia está diretamente ligada à como a humanidade lida com a questão ambiental. “Os vírus passam de outros seres vivos para os seres humanos. […] Está muito vinculado ao processo de ampliação da área urbana, da invasão de florestas, da retirada dos animais de seus habitats”, comenta.
Um assunto bastante discutido durante a transmissão foi da gestão bolsonarista no âmbito ambiental. Para Morais, não dá para mensurar os retrocessos ambientais desse governo. “O Brasil, em termos ambientais, nunca esteve numa situação tão crítica. É algo deprimente!”.
O diretor ainda citou várias situações absurdas que colaboraram para que o Governo Bolsonaro seja um desastre na questão ambiental: “Ele demitiu Ricardo Galvão, cientista renomado, só porque o Ipen estava fazendo seu trabalho. […] Teve um diretor do Ibama que foi demitido pois estava cumprindo seu dever. […] Ou seja, a gente tem um desgoverno que não é só na perspectiva neoliberal clássica das demais administrações, é algo que existe de pior não só na política, mas sobretudo na espécie humana – são milicianos, são fazendeiros com grupos armados”.
Alfredo continuou na mesma crítica ao Governo Federal. Segundo o professor, a destruição na Amazônica chegou a um ponto absurdo e o Presidente da República, junto com o Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles estão acabando com os órgãos públicos ambientais. “Até mesmo o governo do golpista Temer não se tinha procurado desmantelar os dois grandes pilares da ação pública ambiental no Brasil, que são o sistema nacional de meio ambiente e a política nacional do meio ambiente […] Há um processo de destruição”.
O professor ainda complementa falando sobre a realidade enfrentada com a chegada da pandemia no Brasil, que não diminuiu a sua emissão de gases do efeito estufa durante a quarentena por causa do desmatamento, das queimadas e da falta de fiscalização: “Em todo o mundo, por conta da diminuição da atividade industrial, está caindo também as emissões de gases do efeito estufa (especialmente o CO2), menos no Brasil”.
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