Wesley Miranda, assessor jurídico do SindJustiça Ceará, e Eveline Nogueira, psicóloga e pesquisadora, foram os palestrantes no evento, que ocorreu no II Salão do Júri
Neste segundo dia da Semana do Servidor (22/10), foi a vez dos servidores do Fórum Clóvis Beviláqua participarem da palestra sobre assédio moral com o lançamento da cartilha “Assédio moral: não permita!”. A atividade teve início às 14 horas e contou com a participação do assessor jurídico do SindJustiça Ceará, Wesley Miranda, e da psicóloga e pesquisadora integrante do Núcleo de Psicologia do Trabalho (Nutra) da Universidade Federal do Ceará (UFC), Eveline Nogueira.
A Semana do Servidor é promovida pelo SindJustiça Ceará em comemoração ao Dia do Servidor Público, celebrado no dia 28 de outubro.
O Coordenador Geral do SindJustiça Ceará, Roberto Eudes Fontenele, conduziu a mesa e aproveitou o momento para denunciar mais uma “contrarreforma” do Governo Bolsonaro, chamada de Administrativa. Segundo Fontenele, os principais atingidos serão os servidores, por isso, a Semana do Servidor foi criada para que também seja feita uma reflexão sobre esses ataques à luta da categoria.
O Coordenador também afirmou que este é o momento para a união da categoria e, listando as conquistas da atual diretoria do sindicato, aproveitou para pedir uma salva de palmas para aqueles que colaboram e entendem o chamado da entidade: “aquelas pessoas que ficam no sol e que são importantes para a obtenção dos direitos, como por exemplo, o retorno das discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).”
Ainda segundo Fontenele, não é possível fugir da política, “pois é ela que está decidindo nosso futuro”. E relembrou que a entidade está lutando contra as práticas antissindicais, ao citar o recolhimento de assinaturas da categoria para envio de Carta Aberta ao Presidente do Judiciário estadual e a denúncia feita à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
“Os casos são acompanhados pelo sindicato. A vítima do assédio (…) isso é uma coisa terrível, a pessoa chora, abandona o emprego. Teve um caso que a servidora sofreu até um aborto, (…) temos denúncia de um promotor que manteve os servidores presos!” – Roberto Eudes Fontenele
A psicóloga Eveline Nogueira afirmou que o assédio moral é “um assunto muito importante, muito presente e muito delicado e a gente precisa tratar dele”. A profissional ainda convidou os presentes a refletir sobre o modo como se relacionam no trabalho, pois o ambiente facilita a violência: “temos de nos policiar sobre as práticas de assédio no trabalho”.
Logo após, o assessor jurídico do SindJustiça, Wesley Miranda, declarou que o assédio moral é uma realidade cada vez mais constante e denunciou que estão usando os Processos Administrativos de Disciplina (PAD) como forma de assediar o servidor. Além disso, ele afirmou que é preciso que a categoria denuncie os casos ao sindicato, para que o setor jurídico da entidade adote as medidas cabíveis.
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