Marcha dos servidores reúne mais de 7 mil pessoas no centro de Brasília

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O ato foi chamado para protestar contra a PEC 241 e o PLP 257, que ameaçam investimentos em serviços públicos essenciais por pelo menos duas décadas.

 

Sob um sol escaldante, diretores da Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados e sindicatos filiados de todas as regiões do país se reuniram com cerca de 7 mil pessoas para participar da caminhada no centro de Brasília, que faz parte da Jornada de Lutas em Defesa da Democracia, dos Direitos e Contra o Retrocesso. O ato unificado foi chamado para protestar contra a PEC 241 e o PLP 257 (agora denominado PLC 54), que ameaçam investimentos em serviços públicos essenciais por pelo menos duas décadas.

A manifestação teve início no Museu Nacional, parou em frente ao Congresso Nacional e depois seguiu até o Ministério da Fazenda. Durante o ato, as lideranças dos movimentos sindical e sociais se revezaram ao microfone. Em comum, no discurso de todos, a construção da greve-geral era retratada de maneira firme.

Os diretores da Federação, Marcos Fabre e Israel Borges conduziram os representantes dos sindicatos durante todo o ato. Para Israel Borges, “a caminhada é para mostrar que toda classe mostra-se unida e lutando pelos mesmos direitos. Não vamos aceitar retrocessos. Será nas ruas que vamos barrar as reformas da Previdência e do Trabalho”, afirmou.

Marcos Fabre, disse que “Nós estamos no caminho certo. Esse ataque aos servidores públicos é também um ataque aos serviços públicos e, consequentemente, toda a sociedade.”, encerrou.

Desde as 9h os sindicatos estavam concentrados para a grande mobilização, na tenda instalada no canteiro central da Esplanada dos Ministérios.

Projetos de retrocessos

A PEC 241 implementa o teto para os gastos públicos nos próximos vinte anos e irá afetar todos os trabalhadores do serviço público, inclusive do judiciário, e as áreas prioritárias da Seguridade Social, ou seja, Saúde, Previdência e Assistência Social. Segundo especialistas, se o projeto for aprovado, haverá um juma redução drástica e investimentos em políticas públicas essenciais, fazendo com que programas que assistem à população sejam descaracterizados ou extintos.

Já o PLP 257, que agora é conhecido no Senado por PLC 54, prevê medidas de contenção de custos que vão do arrocho salarial dos servidores públicos à privatização de empresas estatais. Caso aprovado, o texto ainda abre possibilidade para o descumprimento da política de valorização do salário mínimo.

Sindjustiça/Ce esteve presente

A comitiva do Sindjustiça/Ce, composta pelos diretores Antônio Luiz Barbosa, Daniel Cabral, Jayro Rodrigues e Pedro Helker, e pelos servidores Geraldo de Lima e Hadjefferson Marreiro, participou desta importante atividade.

Na ocasião, o diretor do Sindjustiça/Ce, Pedro Helker, concedeu entrevista para a Telesur, rede de televisão multi-estatal para América. O diretor apresentou as motivações que levaram os servidores públicos a se mobilizarem, destacando que a luta contra os retrocessos seguirá, até que o Governo recue.

Entendendo que é fundamental a unidade entre as diversas categorias, a diretoria do Sindjustiça/Ce continuará atuando no sentido de fortalecer e massificar a luta contra a retirada de direitos e os retrocessos.

Todos à luta!

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