CSP-Conlutas pede o fim da violência às lideranças dos trabalhadores

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Na quarta-feira (25/07) foi realizada uma audiência, no Ministério da Justiça, para tratar dos assassinatos e ameaças de morte às lideranças dos trabalhadores, no campo e na cidade.

O encontro seria com próprio ministro, mas foi o seu assessor especial, Marcelo Veiga, quem recebeu as entidades. A reunião foi convocada pela CSP-Conlutas, mas participaram também, a convite da central, a CPT (Comissão Pastoral da Terra), o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e o MST (Movimento dos Sem Terra), além do MTL (Movimento Terra Trabalho e Liberdade), que é filiado à Central.

No início, as entidades registraram que apresentariam as suas demandas ao assessor Marcelo Veiga, mas não abriam mão de uma audiência com o próprio ministro, com a exigência de que o encontro fosse marcado o mais breve possível.

Cada uma das entidades apresentou suas demandas, ressaltando os casos mais graves e urgentes. Problemas relacionados a lideranças quilombolas, indígenas, de trabalhadores rurais, e lideranças de movimentos populares urbanos, foram apontados pelos presentes como merecedores de maior atenção.

Nossa central destacou a situação crítica do quadro no Maranhão, com várias lideranças quilombolas vivendo sob forte ameaça. A situação dos lutadores pela reforma agrária do Triangulo Mineiro (MG) e do Pará também foi apresentada. Foi abordada também a situação de lideranças de movimentos populares urbanos em Manaus, Belo Horizonte e Brasília. Também foi denunciado o fato de no último dia 27 de Julho ter completar um ano da perseguição declarada do prefeito Pitiúba à professora, servidora e dirigente sindical Valdilene Gomes. A perseguição na verdade é uma manobra que visa atacar diretamente o Direito a Organização Sindical dos trabalhadores e a entidade sindical (Sintsemq), que desde sua reestruturação vem sendo a única ferramenta de oposição aos desmandos do governo Pitiúba.

Feita a apresentação das entidades, ficou explicita a enorme abrangência do problema e a gravidade da situação. Segundo o membro da CSP-Conlutas Zé Maria de Almeida, “ficou evidente a necessidade de que o governo saia da letargia atual e adote medidas concretas para assegurar uma mudança neste quadro. Medidas que sejam estruturantes e permanentes, que erradique a violência contra os trabalhadores e suas organizações. Que acabem com a impunidade que envergonha o país”, destacou, acrescentado que esse foi o principal reclamo das entidades ao ministério.

O Sindjustiça Ceará se solidariza com a denúncia da CSP-Conlutas, sobre as perseguições às lideranças de trabalhadores a nível de Brasil e em especial contra a professora e sindicalista do município de de Quixerê-CE, Valdilene Gomes.

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